terça-feira, 3 de dezembro de 2013


"Se procurar bem você acaba encontrando.Não a explicação (duvidosa) da vida,mas a poesia (inexplicável) da vida." Carlos Drummond de Andrade

Esse ano foi um bom ano para pensar sobre sonhos. Dividi os sonhos de algumas pessoas e pude pensar um pouco melhor a respeito dos meus. Se eu pudesse definir o meu ano de 2013 em uma palavra ,eu diria,sem pestanejar: Sonhos. Acho que aprendi a viver alguns de verdade, como por exemplo amar o amor de forma una, e realmente se entregar inteiramente ao outro, e não passar um dia sequer sem dizer que amo alguns poucos que com certeza fariam falta se fossem embora. E também aprendi a respeitar o sonho de outros, a não fazê-los desistir, e enquanto eu falava para que não desistissem dos sonhos e planos que traçaram para si, lembrava dos meus, que sempre estiveram escondidos em algum lugar em mim, como se fosse uma semente e que veio esse ano a crescer, formar árvore, com raízes profundas. 
Sempre gostei muito da frase que 'somos do tamanho de nossos sonhos',sempre achei bonita e pensava que eu era uma grande pessoa, afinal,meus sonhos nunca foram bobos ou pequenos demais (aliás, existem sonhos pequeninos?).Entrando nessa atmosfera onírica e vendo tantas histórias ao meu lado esse ano, tanta gente com histórias lindas, eu adaptei essa frase a uma ideia constante em minha mente: Somos do tamanho do que fazemos para atingir nossos sonhos. E eis que me vi,cercada, de grandes pessoas o tempo todo. Meus pais, professores e amigos me ensinaram a fazer o que eu pudesse,dentro da honestidade, para atingir o que eu quero. E eu guardei essa frase adaptada e maluca em minha cabeça desde o ano passado mais ou menos. 
E eu quero ser uma grande pessoa, afinal, quem não quer ser uma grande pessoa? Quero inspirar pessoas, quero ajudá-las a superar medos e crescerem, por fim. Eu mesma vejo que não cresci em alguns quesitos de minha vida, continuo a mesma menina de sempre, resmungona e que adora um carinho dos meus. Mas uma coisa, eu não posso negar, é que eu cresci muito como pessoa nesses dois anos e reaprendi a fazer coisas que antes pareciam tão banais. Eu nasci amando as pessoas, cresci cercada de amor, e achei que amar fosse algo simples. Me enganei. Amor também é dor. E toda aquela história de tentar amar o que projetamos para o outro em nossas mentes, é algo que não recomendo. Esse ano, uma pessoa muito especial, que eu amo, amo muito, me ensinou a amar. Amar no sentido mais amplo da palavra. Amar a vida, enfim. E o amor romântico acaba reduzindo isso,na minha opinião.Como citou Santo Tomás de Aquino: "Amar é querer bem a qualquer um."
Partindo do pressuposto que costumo ver os mesmos filmes mil vezes, e nunca me canso,meu namorado disse algo que me chamou a atenção: "Parece que você gosta de saber como as coisas terminam,sempre." E bom, não posso me negar a concordar com uma das pessoas que me conhecem melhor nesse mundo de meu Deus. Eu gosto muito de saber como as coisas terminam, e já fiquei louca com a imprevisibilidade da vida, acho chato traçar um plano para minha vida e ele simplesmente esvair-se do nada. Já fiquei tão triste por não ter conseguido cumprir alguns planos...Mas agora, depois desse ano inteiro degustando o imprevisível, e com uma sensação de 'coração paralisado' a cada surpresa com que me deparava, percebi que gosto de não saber o final de algumas histórias. Não sei se quero saber o final da minha história agora, afinal, saber as coisas antes da hora pode ser bem ruim. Por exemplo, se uma moça recebe a notícia de que um milionário gringo vai pedi-la em casamento em breve, ela fica no quarto parada a esperar isso acontecer. No entanto, se a mesma moça receber a notícia de que o meteoro irá cair sobre sua cabeça independentemente de onde ela estiver, a reação vai ser um pouco parecida: Vai ficar no quarto a esperar seu trágico fim e tremer todas as vezes que ouvir um barulho suspeito. 
Percebi, então, que quero viver o imprevisível...Porque querendo ou não, é isso que nos move todos os dias, a espera do arrebatamento da vida e também a esperar que nossos sonhos se realizem, ainda que demoradamente ou rapidamente, para que nos consideremos pessoas felizes, por fim. Mal sabemos que é durante a busca do sonho que as coisas mais incríveis acontecem, que crescemos como pessoas, e somos felizes em cada brecha dessa busca insasiável pelo que pode nos completar de forma única. O que precisamos está dentro de nós. 

4 comentários:

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  2. Ainda bem que você voltou a postar,um dos melhores blogs rs *-* Saiba que seu sonho "respingou" em mim,esse comentário pode parecer estranho por vim de uma pessoa que não convive com você,mas seus sonhos estão a amostra,no brilho dos seus olhos,em cada gentileza demostrada por você. Beijos Camilla Peixoto

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  3. Excelente texto... você e maravilhosa! Tais Almeida.

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  4. Ah,gente! hahahahahaha parem com isso,por favor ): obrigada,mais uma vez. Camilla,xará,obrigada pelos votos e pela doçura.Estou na torcida por você.E quanto a você Thais,teremos uma vida toda para eu demonstrar o quanto te adoro! :D

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